Num grande supermercado de São Paulo, eu distraidamente olhando uma gôndola, se aproxima uma funcionária de prancheta na mão.
O diálogo:
Eu - "!!??"
Ela - "Vamos fazer o cartão xyz?" (voz nervosa, sorriso tenso, tentando lembrar o script)
Eu - "Não, obrigado."
Ela - "Mas tá na hora de fazer economia!!! O senhor não quer fazer economia??" (mais tensa, apertando a prancheta)
Eu - "Não, ooobrigado" (tambem tenso, gaguejante, procurando uma rota de fuga)
Ela - (dentes crispados, expressão de raiva) "Moço! Tá na hora de fazer economia!!! Vamos fazer o cartão???"
Eu - (catatonico) "Não, obrigado" (entrei, por defesa, no modo profissional, e comecei a avaliar os traços de ruptura psicótica, imaginando se a moça estava nesse estado por causa de violência familiar ou do programa de treinamento do supermercado).
Ela - "Ah! Moço!..."
Apertou a prancheta e saiu raivosa.
Uma vitória do lobo pré-frontal. Uma derrota para o atendimento ao cliente.
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